Estava eu ontem, numa maratona de hot yoga, quando tudo se apagou lá pelas 18:30. Ainda estava de dia e a aula continuou, e sem os ventiladores, ficou uma verdadeira sauna. E na hora de tomar banho, não tinha luz no vestiário. Era um mundo de lanterninha de celular espalhado pelo chão, e uma velhinha, que estava indo à yoga pela primeira vez, perguntando como faz para regular esse chuveiro.
Na hora de ir embora, me perguntaram se eu costumo sair para a rua principal ou por trás. O portão principal é eletrônico e, obviamente, não estava abrindo! Gente! Mas foi só terminarem de me explicar como encontrar o portãozinho atrás da igrejinha, que a luz voltou. Foi mais ou menos uma hora de blackout.
Nisso eu comentei que a última vez que tinha experimentado um blackout na Dinamarca tinha sido em torno de 2003 ou 2004, e a dona do estúdio de yoga me diz: foi exatamente no dia 23 de setembro de 2003 eu estava no hospital Rigshospital dando luz ao meu primeiro filho e as camas elevadoras do hospital eram tudo elétricas!
Eu não quis nem escutar o fim da história. Só de imaginar a tormenta que foi pra ela. Coitada. Eu lembro bem daquele blackout. Eu estava no trabalho. Na verdade, naquela época era só um estágio. A eletricidade acabou logo após o almoço. Não dava pra fazer nada nos laboratórios nem no escritório. O nosso chefe nos convidou para ir fazer uma caminhada ao redor do parque/pântano atrás da empresa. De certo ele achava que era uma coisa que iria passar logo. Mas a luz não voltava e o povo começou a ir embora, já que não dava pra fazer nada mesmo (se bem que havia uns doidos que pegaram um pano de pó e foram limpar os armários do laboratório).
Lembro que a eletricidade só voltou umas 8 da noite, naquele dia. Quem tinha fogão elétrico, não pode nem fazer comida (o povo aqui janta cedo, em torno das 17h – 18h. O nosso fogão era à gás, só não se fazia comida nele por pura preguiça! rsrs
Nem me lembro o que comemos naquela noite. Certamente, o que comíamos sempre, naquela época: pizza!