32Km e sorvete

16km por trecho.

Na verdade 32,5 Km porque o Google Maps resolveu me levar por um caminho um pouco mais longo na hora de voltar pra casa.

Ontem, um leitor oculto do blog me escreveu e perguntou se eu consegui afinal pedalar os 16km até a casa da minha amiga.

Eu fui na boa. Reservei 90 minutos para o trajeto, mas fiz em 70. Deu tempo de parar no meio do caminho e comprar um presentinho para minha anfitriã.

Eu sempre fico na dúvida do que levar. Sei que flores sempre agradam, mas eu não curto muito dar flor, porque elas morrem muito rápido.

Daí tem o clássico, ou uma caixa de chocolates ou vinho ou outra bebida alcoólica.

Como chocolates e vinhos não são coisas muito saudáveis, eu tento levar coisas alternativas.

Ontem, ao invés de parar no supermercado para comprar vinho ou cidra para minha amiga, eu entrei na farmácia!

Comprei um protetor solar fator 50 (sem perfume, pois sei que minha amiga tem alergia a perfume). Acabei comprando um pra mim também e de brinde, o atendente me deu dois sprays umidificadores para o rosto. Ele disse: um pra você e um pra sua amiga. Achei bem simpático. Minha amiga gostou mais do spray umidificador, porque ela adora coisa que a gente ganha de brinde!

Foi uma tarde bem boa. Comemos peixe grelhado numa grelha no jardim. Também foi pra grelha pimentão vermelho e aspargo verdes frescos. Na mesa, salada de batata e uma outra salada hiper especial que adorei feita com abacate (tipo avocado que se usa para guacamole), cebola, tomate e camarão regado com limao. Minha amiga separou uma porção só pra mim, porque no resto dessa salada ele colocou coentro e eu não consigo comer nada que tem coentro. Veja o trabalhão e consideração que ela teve comigo em fazer uma porção só pra mim.

Pra sobremesa ela serviu frutas tipo amora, mirtilo e framboesa fresca com sorvete sem lactose. Imagina eu ela comprou sorvete sem lactose só por minha causa, pois eu e lactose não nos damos bem. Deve ter sido caro pra dedeu. E eu comi por educação, porque eu não sou muito fã de sorvete.

Engraçado, quando eu era criança eu adorava sorvete de maracujá de bola, especialmente o sorvete caseiro que o Levi fazia. Ele tinha um bar que vendia sorvete numa portinha no estádio de futebol na estradinha.

E na época que existia a Kibom, eu curtia comprar um Chicabom ou uns picolé de limão ou abacaxi. Desses eu sinto falta! Principalmente naquela época que tinha promoção no palito do picolé. Eu gostava muito quando você terminava de chupar o picolé e descobria que no palito dizia que aquele palito valia um novo sorvete gratuito! Aí de vez em quando eu pedia um Eski-bon.

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Pedalando (parte 2)

Continuando a história do evento “A gente pedala pro trabalho”… As coisas nunca acontecem da maneira que a gente imagina.

Desde que comecei no trabalho novo, eu ia quase todo dia para o escritório. Porque eu sou nova, só me deixavam trabalhar de casa uma vez na semana e olhe lá (enquanto os outros colegas podem trabalhar de casa por até três vezes na semana!).

Mas pra mim estava bom trabalhando do escritório, pois quando maio chegasse, eu poderia pedalar todo dia até o trabalho e juntar uns 26km por dia no evento (13km pra ir e pra voltar). Era um plano perfeito. Só falta comprar uma bicicleta!

Em 2019 eu comprei uma bicicleta velhinha, porque o preço do Donkey Republic de repente aumentou muito e eu achei que não valia mais a pena alugar. Investi numa bicicleta usada de 5 marchas, com cestinha. Era uma bicicleta boa para ir na cidade, mas mega pesada. Subir morro com ela quase me mata.

Como tem muito morro na região onde eu moro agora, achei que eu sofreria muito se tivesse que usar a bicicleta velhinha todo dia. Então resolvi ir até a loja e ver se eles tinham algum modelo mais leve.

Gastei a maior nota numa bicicleta híbrida, que vai bem tanto no asfalto quanto em trilha. Ela tem até amortecedores tipo Mountain bike. Mas não é elétrica. Precisa ter força na peruca. Nem acredito que comprei uma bicicleta só para participar do evento de maio!

No dia seguinte eu resolvi testar a magrela. Foi fenomenal. Me perdi umas dez vezes no caminho, porque eu queria evitar andar pela rodovia e eu me embrenhava nas trilhas. É mais legal pedalar na natureza do que no asfalto.

Adorei, e eu estava toda empolgada para o início do evento.

Mas, porém, todavia… chegou um email dizendo que resolveram reformar nosso escritório. A reforma demoraria 6 semanas e nesse tempo a gente podia trabalhar ou de casa ou num outro prédio que fica um pouco fora de mão, a 1km de distância do escritório. Dia 24 de abril começou a reforma e já não podíamos mais ir pro escritório.

Fui checar as condições do prédio temporário, mas vi que não tem lugar para todo mundo. E o prédio fica realmente fora de mão.

Apesar de eu não gostar muito de trabalhar de casa, pois me sinto muito solitária, comparado com aquele lugar temporário, eu acabei decidindo que trabalharia de casa. Mais confortável aqui.

E isso prejudicou muito a minha participação no evento de maio, pois eu quase não fui para o escritório esse mês. Só vou quando tem treinamento. Fui ontem, por exemplo.

O evento “A gente pedala para o trabalho” diz que se você trabalha de casa, você pode fazer um passeio de bicicleta antes ou depois de trabalhar e escrever no esqueminha quantos quilômetros você pedalou.

Eu tentei fazer isso um dia. Fui de bicicleta até o supermercado e estiquei o percurso um pouco. Então escrevi 6, 5 km no esquema. Mas percebo que se eu fico em casa, não tenho motivação de ir a lugar nenhum.

Então meu esquema está assim:

Ontem eu pedalei mais que eu normalmente pedalo, porque eu tinha entendido que nas quartas feiras a gente podia sair um pouco do percurso normal, tirar uma foto, e enviar para eles para concorrer a prêmios. E foi isso que fiz. Resolvi tentar voltar pra casa usando um caminho totalmente diferente.

Abaixo você pode ver meu percurso. Eu normalmente uso o trajeto marcado em vermelho. Mas ontem eu fiz o azul. E eu me perdi, entrei num beco sem saída (quero dizer, um bosque sem saída – mas bem bonito). Cheguei em casa com a perna um pouco cansada, porque tinha muito morro nesse trecho. O meu aplicativo disse que eu subi mais de 700 metros de morro.

Quando cheguei em casa e fui tentar mandar a foto para o evento, descobri que era somente semana passada que valia esse negocio de esticar o caminho na quarta feira. Eu achava que seria toda quarta. Me enganei. Mas não me arrependo de ter feito outro percurso. Passei por uns lugares bem idílicos.

E também foi bom saber que eu consigo pedalar 17 km sem precisar de pausa. Porque no sábado me convidaram para um churrasco e a casa da minha amiga fica 16 km daqui.

Chequei como chegar lá, e eu tenho que pegar um onibus, um trem, e caminhar por 20 minutos. Estou seriamente cogitando ir de bicicleta. Diz a previsão do tempo que estará sol e 20 graus. Milagre! Será que eu aguento 16km pra ir e 16 pra voltar? Nunca andei tanto de bicicleta antes.

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Pedalando

Eu certamente comentei que pras bandas de cá se usa muito bicicleta como modo de transporte. Há ciclovias por tudo, até mesmo ao lado de estradas. Quem tem disposição, pode rodar o país todo de bicicleta.

Todo mês de maio há um evento que se chama “A gente pedala pro trabalho”, onde o povo das empresas se organiza em grupinhos para participar desse evento e concorrer a prêmios.

A ideia do evento é motivar mais gente para fazer exercício físico, mas também de contribuir para menos trânsito e menos emissões de CO2.

Quando me mudei pra cá em 2001, eu achava que iria morrer se tivesse que pedalar mais do que 3km. E por mais de 15 anos eu nunca me esforcei para ir a lugar nenhum de bicicleta porque eu tinha essa ideia de que não aguentaria.

É aquela velha história. Se você acredita que consegue fazer algo, ou se você acredita que não consegue fazer algo, você sempre tem razão.

Mas em 2017 eu mudei minha vida. Eu me divorciei, voltei a morar em Copenhague, e resolvi que eu queria aprender a usar bicicleta como meio de transporte, principalmente para quando eu quisesse ir até o centro (pois de trem demorava 20 minutos e de bicicleta eu chegava lá em 18 minutos).

Como na época eu não tinha uma bicicleta, mas eu também não queria gastar mó grana e comprar uma, resolvi alugar uma magrela do Donkey Republic por alguns meses. Só para ver se eu realmente conseguiria usar uma bicicleta como meio de transporte. Fiquei impressionada ao ver que eu conseguia com tranquilidade pedalar até 20km num dia (fazendo uma boa pausa no meio, né). Depois que percebi que eu consigo pedalar mais que 3km sem morrer, eu mudei minha maneira de pensar, e toda vez que ia ao centro, eu não precisava pagar transporte e ainda chegava lá rapidão.

Tia Cris com 2 magrelas do Donkey Republic

A única coisa que eu não fazia de bicicleta naquela época, era ir de bici para o trabalho. Isso porque eu morava no outro lado da rua do escritório e em 7 minutos eu chegava lá caminhando. Depois me mudei para o cafofo onde estou agora, que fica 30 km de distância daquele escritório. Sem chance de ir de bicicleta. Muito longe.

Então nos 22 anos que moro aqui, eu nunca participei do “A gente pedala pro trabalho”. Ou melhor, eu nunca tinha participado.

2023. Esse ano eu troquei de emprego e a distancia do cafofo até o escritório é de somente 12 km. Em compensação, a conexão com transporte público é horrível e me toma 1 hora para chegar no trabalho.

Então quando em abril me perguntaram se eu queria participar do evento A gente pedala pro trabalho no mês de maio, eu não pensei duas vezes. Achei que seria uma ótima oportunidade de participar pela primeira vez, e eu tinha certeza de que poderia pedalar todo dia que não estivesse chovendo (e no mês de maio chove muito pouco aqui).

Mas nem tudo funciona como a gente imagina…

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Obra

Acredite se quiser, mas está fazendo sol hoje nessa terra gélida.

Estou na minha sacada de calcinha e sutiã, escutando uma música bem calminha que achei no Spotify (link abaixo) e “apreciando” minha última obra de arte.

Tô precisando lavar as janelas também!

Minha sacada tem chão de cimento e como chove muito e sol é uma raridade, percebi que demora dias para o chão secar. Fica aquele piso molhado por dias. Então dois anos atrás, investi nums tacos de madeira para cobrir o chão. Foi meio caro mas foi a melhor coisa que fiz. Esses tacos secam rapidinho depois da chuva e eu posso usar a sacada até descalça. No entanto, com o sol, a cor desbou bastante.

A obra de arte a que me refiro é um trabalho que fiz nas coxas. Ontem e anteontem eu passei verniz em um terço dos tacos. Por preguiça, deixei o resto por fazer. Agora tem que esperar secar para eu terminar o outro lado. Mas tô achando que não tenho verniz suficiente para toda a sacada. E eu me conheço. A probabilidade que eu vá na loja comprar mais verniz é muito pouca. Você sabe, eu estou louca para me mudar daqui e não vale a pena investir muito nesse meu cafofo. Estou achando que se o verniz acabar, vai ter taco pintado e sem pintar por um tempão.

O que você acha? Vai dar para pintar tudo? Diz a lata que dá para 7 a 10 metros quadrados. Eu tenho entre 10 e 11 m2 cobertos com tacos. Vou precisar de um milagre.

Essa a música…

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Sirene (após o teste)

Essa é uma atualização para minha publicação de dois dias atrás sobre o teste das sirenes.

Eu achei que ambos os telefones iriam tocar, mas não foi assim.

Meu telefone do trampo tocou (mesmo estando em modo silencioso). Achei que apareceria aquela imagem vermelha com o ponto de exclamação, como na foto, mas também não foi assim. Apareceu uma mensagem longa, escrita em dinamarquês e a tradução para inglês em seguida, dizendo que esse é um teste, mas que se fosse realmente uma situação de emergência que eu teria que tomar uma ação. A ação normalmente é entrar em casa (ou procurar abrigo) e ligar o rádio DR or TV2 para se informar. Eu nem tenho rádio em casa. No dia que a Dinamarca for bombardeada, eu espero que eu esteja bem longe, porque nem terei como me informar.

Já o meu telefone privado não deu nem tchum.

Eu tinha lido na página da polícia que os iPhones tocariam, mas quem tivesse Android, que somente as versões mais atualizadas funcionariam.

Meu telefone é um baratinho chines chamado Redmi Xiaomi e já tem 3 anos de idade. Mesmo recebendo atualizações de software, meu telefone não tem o software necessário para receber o alerta. Isso quer dizer, que se houver alguma catástrofe na Dinamarca, eu não vou receber o alarme no meu telefone.

Quando se fala de sirene eu sempre penso em ataque aéreo, mas pode ser qualquer outra coisa. Por exemplo, eu me lembro em 2004 quando uma carreta carregando colchões pegou fogo num posto de gasolina perto da empresa onde eu trabalhava. Lembro que chegou notícia pra gente que a fumaça era tóxica e que tínhamos que ficar dentro do prédio, fechar as janelas e cortar a ventilação dos laboratórios. Naquela época não tinha esses alarmes por telefone. Não existia nem smartphone ainda. Mas agora fico imaginando se em situações como essas, se a polícia mandaria um desses alertas para os moradores locais para divulgar a informação.

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Último feriado

Dia primeiro de maio não é feriado na Dinarmca. Eu sempre achei isso estranho. Quando me mudei pra cá, eu achava que primeiro de maio era dia do trabalho em todo o mundo. Mas aprendi que não é assim.

Mas também não senti muita falta desse feriado, porque no mês de maio aqui há outros feriados *se bem que eu acho que comparado com o Brasil, a Dinamarca tem bem menos feriados).

Hoje, 5 de maio é um feriado que só tem na Dinamarca. Eles chamam de “Grande dia de prece” e foi estabelecido por um bispo lá por 1686. Engraçado que há um feriado dedicado para preces, quando os dinamarqueses não são nem um pouco religiosos. Mas se parar para pensar, todos os outros feriados também são cristãos (páscoa, pentecostes, dia a ascenção de Cristo, e natal – esses são os feriados, depois não tem mais com exceção do dia no ano novo).

Um vai e volta: Pelo que eu li, esse feriado do grande dia de prece abolido por algum tempo por causa da decisão de um rei, no entanto uns anos mais tarde foi reestabelecido. Então é um feriado antigo.

No início de 2023, a nossa excelentíssima primeira ministra resolveu que a Dinamarca precisa arrecadar mais impostos e decidiu abolir o feriado do grande dia de prece a partir do ano que vem. Ou seja, hoje é a última vez que estamos curtindo esse feriado, porque a partir do ano que vem teremos que trabalhar nesse dia. Muito triste isso.

Agora são 7 da manhã e está sol (mas frio e um vento de arrancar o pescoço). Eu provavelmente vou ficar o dia todo morgando em casa. Eu poderia aproveitar para dar uma organizada geral. Minha casa está uma zona. Mas estou achando que vou sentar a bunda no sofá e checar o que tem de novo no Netflix para assistir.

Me recomendaram um seriado dinamarques baseado em fatos reais de uma enfermeira que estava matando pacientes na UTI só para ser o centro das atenções. Essa minissérie está no Netflix e chama Enfermeira. Dá uma checada. Acho que são 4 episódios somente.

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Sirene

Hoje é a primeira quarta-feira do mês de maio e ao meio dia (daqui a 40 minutos) a polícia vai testar as sirenes de emergência. Sabe, aquelas que nos filmes de guerra a gente escuta quando tem ataque aéreo.

Eu já escrevi sobre isso umas duas ou três vezes no blog e se me lembro bem coloquei até um link para um vídeo onde dá para escutar a sirene.

Hoje algo inédito vai acontecer e eu imagino que vai ter um monte de vídeos no YouTube após o meio dia.

Além de testar as sirenes tradicionais, a polícia criou algo novo. Os telefones celulares das pessoas também vão tocar a sirene por 10 segundos.

Eu só quero ver o susto. Estou aqui com meu telefone privado e o telefone da companhia. Tenho a impressão de que ambos vão tocar a bendita sirene.

Acho que vou ficar doidinha.

Imagem proveniente do site politi.dk

Também vou fazer um teste. Meus telefones estão muito frequentemente em modo silencioso. Só quero ver se vai tocar mesmo assim.

Tem um site, acho que é sirenen.dk, para quem quiser dar um feedback do que achou da sirene no telefone.

Depois eu conto pra vocês como foi minha experiência.

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Piano confuso

Por pelo menos dois anos eu não toquei no meu piano.

Minha cabeça estava muito ocupada com estudos, trabalho… E o piano, que deveria ser algo para me relaxar, estava me estressando. Então parei.

Lembro que, dois anos e cinco meses atrás quando me mudei para o pardieiro onde moro atualmente, eu paguei super caro para transportar esse piano. Só em pensar que usei tanta grana e nem sequer abri o piano nesse tempo.

Mas ontem não sei o que me deu. Abri o piano. Limpei a poeira. Achei que os dedos não lembrariam nenhuma peça, porém de repente comecei a tocar uma, sem precisar pensar muito. Foi bem automático e cometi poucos erros.

Eu achava que estava tocando um Bach, mas quando terminei de tocar, fui procurar a partitura, e o que eu toquei não era a peça que eu achava que era. Me deu um branco. Olhei várias partituras e não achei o que eu tinha tocado.

Pensei que talvez fosse algum outro Bach e eu fiquei de achar a partitura mais tarde.

Hoje de manhã acordei com uma impressão de que aquela música que toquei ontem não é Bach coisa nenhuma. Estou achando que é um estudo de Czerny. Vou ter que caçar essa partitura mais tarde para ter certeza.

Muito estranho tudo isso. Eu nunca antes tinha tocado algo e nem sequer lembrar o que estou tocando. Gente, será que é a idade que faz isso com a gente ou é o estresse?

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Resultados

Não lembro se eu contei que a saga dos meus estudos finalmente chegou ao fim.

Em novembro eu recebi minhas notas, que foram tão boas, que fiquei até admirada. Nunca antes eu tive boas notas assim. Mas também, quando eu era jovem, eu não gostava de usar um montão de tempo estudando. Eu tinha boa memória e normalmente me lembrava de muita coisa que os professores falavam em aula. Então eu estudava somente por umas horas antes da prova, e pronto.

Mas em 2018 eu percebi que essa tática não ia funcionar para o mestrado. Lembro que estudei por um mês antes de fazer a prova, mas reprovei o módulo. Foi a primeira vez que reprovei algo na minha vida. Eu comentei isso antes. Fiquei tão abalada, que cheguei a pensar em abandonar o curso. Mas como eu tinha pago muito caro e do meu próprio bolso, eu resolvi empenhar algum tempo para “aprender a aprender”. E foi assim que eu achei métodos que me ajudaram a estudar e lembrar da maioria da informação.

Posso afirmar, que eu nunca antes estudei tanto na minha vida. Por 4 anos, tabalhava período integral e acordava de madrugada para estudar. Fiz isso praticamente todos os dias de outubro a junho esse anos todos, com exceção do ano passado. Lembra, eu queria terminar todos os 5 módulos restantes? Então estudei feito uma condenada de setembro a agosto. Foi muito puxado. Mas valeu a pena ter terminado.

Com bons resultados, me convidaram para participar da formatura em Londres. Havia a opção de ser formar com todos da Universidade de Londres no dias 6 e 7 de março, ou ir a uma cerimônia menor no dia 20, onde somente os estudantes da Escola de Higiene e Medicamento Tropical participariam. Olha, se eu soubesse que o acaso levaria o Carsten, meu ex, até Londres justamente no dia 20, eu teria escolhido essa data. Assim eu não estaria sozinha para a formatura. Mas eu escolhi dia 7 de março.

Como era uma terça-feira de manhã, ou seja, um dia de trabalho, eu não convidei nenhuma das minhas amigas de Copenhague para viajar. Eu não achava conveniente fazer o povo tirar férias do trabalho para ir até Londres para uma formatura. E trazer a família do Brasil, estava fora de cogitação, principalmente com minha mãe se recuperando de uma cirurgia grande.

Fui sozinha, mas não me senti sozinha, porque encontrei tantos outros estudantes. Falei com gente que veio da Colômbia, Vietnã, Nigéria, Suíça, Grécia, e até Austrália. Esse da Austrália me surpreendeu. Demora quase 24 horas de avião. Deve ser mega caro, e esse povo ainda trouxe família.

O primeiro evento na universidade foi na segunda 6 de março de noite. Um jantar no prédio famoso da universidade chamado “Casa do Senado (Senate House)”. Digo famoso, porque esse edifício apareceu em mais de dez filmes, como A Múmia, Batman Begins, e o último filme de James bond.

O jantar foi caríssimo, e eu quase nem consegui pegar nada para comer, porque eles fizeram estilo “street food”, em pequenas porções espalhadas em várias mesas, e quando eu chegava na mesa, já tinha esgotado o que eu queria. Pelo preço e pelo lugar do evento, eu achava se queria um jantar formal. Para socializar, foi bom que foi algo bem informal.

Então eu usei meu tempo conversando com outros estudantes, até que achei um cara tirando fotos. Ele disse: são 4 fotos e você tem 5 segundos para trocar de pose entre elas. Fiz o melhor que pude. rsrs

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Londres – trim, trim… alô?

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Londres

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Mais Aurora

No extremo norte da Noruega. Temperatura: dez abaixo de zero.
Apreciando a aurora boreal das 7 da noite até quase meia-noite.
Uma longa e fria noite, mas muita sorte. Muitas vezes a aurora só aparece por alguns minutos.
Nós a vimos por horas e horas.
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Aurora

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Sacada

Eu tinha até me esquecido que comentei sobre os problema das bitucas de cigarro na minha sacada.

Ontem de noite me enchi de coragem e bati na porta do vizinho de cima para reclamar. O nome na porta dele é o mesmo dos últimos dois anos, porém o homem que abriu a porta pra mim me pareceu mais velho do que o outro que eu conhecia.

Ele me disse que ninguém fuma lá. E eu acreditei.

Como os cigarros estão todos acumulados no lado esquerdo da sacada, pensei que pudesse então ser um outro vizinho mais pra esquerda. Já que eu estava no corredor, segurando dois sacos de lixo cheios de bitucas e pacotes vazios de cigarro, eu bati na porta do outro vizinho.

Tinha somente o nome de um homem na porta, mas uma guria bem jovem abriu a porta. Ela também disse que lá ninguém fuma.

Claro que ninguém quer assumir a culpa.

Então hoje de manhã eu resolvi ir reclamar com a administração do prédio. A moça que me atendeu ficou indignada e me pediu para contactar um todo poderoso que via dar um jeito na situação. Estou me preparando para escrever para ele.

Mas de qualquer maneira… mesmo que isso se resolva, eu perdi o tesão de morar aqui. Já comecei a procurar outro apartamento. Tomara que eu ache um bem bom, bem silencioso, com bons vizinhos. E quem sabe perto do meu novo emprego. Comecei semana passada.

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Aquele passeio na Sardenha

Em setembro de 2022, eu passei três semanas rodando a Itália. Duas semanas sozinha, fazendo minhas trilhas e explorando várias cidades. E na última semana, eu me juntei a um grupo de ingleses.

O passeio foi bem animado e o pessoal tirou várias fotos que depois foram compartilhadas no Whatsapp.

Especialmente para os leitores do blog que gostam de ver fotos, aqui vai uma seleção de fotos da tia Cris.

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