Esse ano encontrei dois mexicanos nas minhas viagens. Um deles foi no hotel em Bratislava em abril. Ele estava preparando os omeletes no restaurante do hotel para o café da manhã.
Muito simpático e brincalhão, me passou a maior cantada.
Deixei pra lá. Não me interessou.
Aqui na Menorca, no jantar do hotel, o rapaz fazendo as carnes também é mexicano.
Jantei no hotel somente duas vezes. Na primeira vez, eu estava pegando uma paelha e disse para ele a paelha estava com uma cara boa, que “está bela”.
Ele disse: Brasileira?
Eu: Como você sabe?
Ele: porque em espanhol se diz “rica”, “está rica”.
Aprendi algo novo. Daí ele me disse que é mexicano.
Isso foi uns três dias atrás.
Ontem jantei no hotel novamente. Eu com a maior vontade de comer um bifinho, fui até ele e pedi para fazer mal passado. Eu disse: mal hecha.
Ele riu e disse que “mal hecha” seria se ele jogasse a carne no chão e pisasse em cima dela. Aí eu ri.
Ele me explicou que em espanhol se diz “poco hecha”, ou seja, pouco passada. Aprendi mais uma coisa.
Na hora de colocar a carne no meu prato, ele me mostrou o ponto da carne e eu disse que estava “perfecta”.
Ele respondeu: perfecta eres tu.
Eu ri. Até a velhinha gringa do meu lado riu.
Esses mexicanos!
Eu já não estou acostumada com essas cantadas. Na Dinamarca, Suécia, Alemanha, Inglaterra, não se faz dessas coisas.
Nesses países, nem mesmo os pedreiros mexem com as moças passando na rua.
Nesses países não, porém aqui na Menorca ontem, um pedreiro mexeu comigo quando eu passei na frente de uma obra. Eu demorei pra me ligar, pois faz uns 20 anos que não escutava alguém mexer comigo. Eu olhei para ele lá em cimão e sorri. Aí sim que ele começou a fazer uma serenata. Rsrsrs