Semana

Disseram que eu deveria contar como foram os encontros que eu tinha combinado semana passada. Então, atendendo a pedidos…

Domingo, brunch com a Lilian. Era meio dia e comecei tomando um drink alcoólico: uma mimosa. Lilian me acompanhou. Ela então pediu uma tigela de açaí. Açaí virou moda na Europa. Eles não sabem pronunciar direito, mas sabem o que é e até que preparam direitinho. Eu pedi uma tigela de iogurte com musli.

Na hora de ir embora resolveu chover. Minha capa de chuva muito fraquinha, eu estava me molhando toda. Acabamos entrando numa loja e eu comprei uma capa de chuva decente.

A chuva deu uma trégua e fomos caminhar na beira-mar. Mostrei para Lilian uma sorveteria que faz sorvete artesanal e que tem opções sem lactose. Tomamos nosso sorvete aproveitando um solzinho e de lá caminhamos entre a multidão de turistas até que chegamos na praça da âncora onde estava tendo show de jazz gratuito. Escutamos uns 15 minutos, aí o show acabou.

Caminhando de lá até a estação para ir embora pra casa, eu escuto que está tendo jazz dentro do parque. Nem pensamos duas vezes. Entramos no parque, esticamos a minha jaqueta de chuva no gramado e nos sentamos para escutar o jazz. Mas também já estava no fim e só pegamos umas 3 músicas. Na próxima vez a gente tem que combinar melhor.

Segunda-feira, filme com a Camilla. Antes do filme começar resolvemos comer alguma coisa. Ela pediu um hamburger vegetariano e eu pedi um hamburger normal. A nossa garçonete estava num mal humor, que nossa senhora. Na hora de pagar a conta, meu cérebro deu uma pane, porque estava escrito umas coisas na conta que não tinham nada a ver… então Camilla do outro lado da mesa disse: tem algo errado aí, nós pedimos 4 coisas, mas tem 5 preços nessa conta. No final das contas aquela nem era a conta da nossa comanda. Quando recebemos a nossa conta verdadeira, o preço era metade do que estava na primeira conta. Ainda bem que Camilla viu.

Depois entramos no cinema. Com o bucho cheio, nem olhamos para as pipocas. Fomos direto para nosso lugar.

E lá vem dez mil anos de comerciais e depois trailers. Eu adoro trailers. Lembro da época do Brasil que passava 4 a 5 trailers antes do filme, mas na Dinamarca só passam 2 trailers.

Um dos trailers nesse dia foi para o filme Wolfs com George Clooney e Brad Pitt que fará estréia em setembro. Parece que será divertido, e já colocamos na nossa lista de filmes para assistir.

O filme que assistimos foi o Fly me to the moon. Foi bem engraçado. Adorei. Como eu não tinha visto nem o trailer nem lido a respeito do filme antes de ir ao cinema, tudo foi uma surpresa boa.

A única surpresa que não foi tão boa, foi a sala do cinema. Tinha um ar condicionado forte lá dentro. Eu estava usando duas blusas e uma jaqueta de couro, mesmo assim eu não estava aguentando. Ainda bem que eu tinha uma blusa de lã dentro da mochila e depois de vestir e colocar o cachecol por cima, me senti melhor. Camilla, que é dinamarquesa e acostumada com o frio, se cobriu com sua jaqueta de chuva e se empacotou na poltrona. A guria ao lado da Camilla estava vestindo somente uma camiseta regata. Não sei como aquela guria aguentou duas horas naquela friagem. Deve ter sido uma sessão bate queixo.

Quinta-feira, jazz com a Camilla lá no centro de Copenhague, num restaurante no meio do lago. Ficamos olhando os pedalinhos e Camilla diz que nunca andou de pedalinho no lago em Copenhague. Pronto, rapidão combinamos que quando tiver um dia de sol em agosto, que a gente vai andar de pedalinho.

Eu estava com a maior fome, mas por causa do festival do jazz, a cozinha do restaurante só estava servindo 3 coisas. Então a comida não foi das melhores e no dia seguinte meu estômago ficou reclamando bastante. Pelo menos dessa vez não teve problema na hora de pagar a conta. rsrs

Antes de combinarmos de ver esse jazz, Camilla me enviou um link e perguntou o que eu achava da cantora. Eu gostei da voz dela, e por isso aceitei o convite. Porém quando o show começou, tinha tanta gente no restaurante e era uma barulheira de gente conversando alto, que não dava para escutar a voz dela direito. Foi inesperado isso, pois quando tem jazz gratuito no parque ou na praça, o pessoal faz silêncio para apreciar a música.

Outra coisa que roubou o encanto da noite foi que a cantora fazia umas caras e bocas, de certo achando que estava sendo sexy, mas para mim aquelas caras pareciam caretas e adeixava com cara de retardada. Eu mal conseguia olhar pra ela. Me dava nos nervos. Virei minha cadeira e fiquei de costas. Não dava para escutar a voz dela, mas o ritmo do jazz (baixo e uma guitarra) estava bom, e de repente mudou o ritmo. Camilla e eu nos entreolhamos e dissemos ao menos tempo: bossa nova? Camilla perguntou, será que a mulher vai cantar em português?

Para nossa surpresa a mulher cantou em português. Gringa com sotaque ruim, não deu nem para entender qual música ela estava cantando. Nem passou muito tempo, Camilla e eu dissemos que íamos embora, já que não dava para escutar direito por causa do barulho. Aí a cantora anuncia que será a última canção antes de fazerem uma pausa. Combinamos então de ir embora durante a pausa. A última música também foi uma bossa nova, e dessa vez eu consegui escutar parte da letra. Era a música Flor de Lis do Djavan.

Ontem, sábado… Eu não mencionei no blog, mas eu fui convidada para uma feijoada na casa da Sônia. Mas essa aventura eu conto mais tarde.

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