Nas empresas onde trabalho e trabalhei, a cada dois anos eles oferecem aos funcionários a oportunidade de fazer um check up de saúde. Completamente gratuíto e você pode fazer durante o horário do expediente.
Meu primeiro check up foi no dia 6 de janeiro de 2011. Eu achava que seria importante dar uma checada na saúde depois de passar dos 30 anos. Eu tinha 33 e não fazia nada de exercício físico além de cavar buraco no jardim e podar árvore.
Naquela época o check up era fazer uns exames de sangue (glicose, triglicerídeos, colesterol), exame de capacidade pulmonar (me fizeram sobrar numa máquina), e teste de resistência que já não lembro o que era, se era bicicleta ou esteira. Além disso eles também medem pressão, pulso, e tiram medida da cintura.
Eu ainda tenho o panfleto que me deram com os resultados. Lembro que fiquei admirada ao descobrir que o meu peso estava abaixo do normal. Eu pesava 53 kg. Eu não me achava híper magra. Aparentemente a falta de peso era por causa falta de massa muscular.
Eu não fiz check up em 2013. Meu segundo check up foi somente em 2015. Mas depois disso, toda vez que ofereciam o check up, eu estava lá: 2017, 2019, 2021, 2023 e hoje.
Eu guardo todos os panfletos e comparo. Minha preocupação é minha pressão que é baixa. 10 por 6 e despencando cada vez mais. De vez em quando me sinto tonta. Mãos e pés sempre gelados.
Glicose, tri e colesterol nunca causaram problema. Função pulmonar nunca mais mediram, mas passaram a medir porcentagem de gordura corporal.
Olha, minha gordurinha deu uma boa variada nos último dez anos. Durante o covid, eu fiquei gordinha. A gordura pulou de 22% em 2019 para 29% em 2021, e para 35% em 2023. É um aumento de 59% em 4 anos. Então hoje quando mediram 32% eu fiquei contente.
Minhas medidas hoje: 63 kg, 32% gordura, e condição fisica total subiu de 25 pontos para 34, o que parece ótimo, mas eu não sei se vai dar para comparar com as medidas dos anos ateriores.
Nos últimos dez anos, para avaliar a condição física, eles faziam a gente subir numa bicicleta ergométrica e pedalar, pedalar, pedalar. Daí eles faziam a bicicleta ficar mais pesada, e mediam o quanto isso fazia subir o pulso. Como eu não estou acostumada a pedalar (e porque eu não faço exercício cárdio), eu sempre recebia pontuação mediana.
Hoje entrei na salinha para fazer minha avaliação e cadê a bicicleta? Tinha uma maca me esperando!
Um rapaz muito sarado, com músculos maiores do que o do Stallone, me explicou que uma universidade da Dinamarca inventou um instrumento para medir a força do coração sem precisar ficar sofrendo numa bicicleta. Era só eu me deitar e o aparelho ia avaliar meu coração.
Deitei, ele colocou o treco no meio do meu peitchão (ainda bem que eu estava com um sutiã decente), e fiquei ali na meditação por 2 minutos.
O aparelho mede impulsus sísmicos – assim como aqueles aparelhos que medem terremotos. Cada vez que o coração bate, causa uma vibração. Se o coração é forte, como o coração das pessoas em boas condições físicas, o aparelho mede os “terremotos cardíacos” e dá uma boa pontuação. No meu caso, a pontuação foi mediana. Em todas as outras avaliações minha pontuação também foi mediana. Então nenhuma surpresa aí. A única surpresa foi ver aquele aparelho. Adorei!
E pensar que eu passei a noite anterior toda preocupada. Levei o maior tombo de noite e estava dolorida pra valer. Estava preocupada que eu não conseguiria pedalar na bicicleta hoje. Ontem de noite passei uma tonelada de hirudóid na perna toda, você não tem noção. Descobrir que eu hoje só precisava deitar numa maca e relaxar, foi a melhor notícia do dia!
Esse é o medidor. Chama seismofit.
